Plástico, espelho, água, vidro. Objetos do dia a dia instigam o olhar em oficina de vídeo com Lea van Steen & Raquel Kogan.
Para esta segunda temporada de oficinas, a primeira parada do Labmovel foi em frente ao CEU Paraisópolis, neste último Sábado (08/06/2013).
A medida que as pessoas iam chegando ao CEU, o grupo do Labmovel explicava um pouco sobre o objetivo daquela oficina. Assim o grupo foi se formando naturalmente, enfrentando a competição contra a piscina em um dia de sol.
Segundo a coordenadora Karina Sampaio o CEU Paraisópolis foi inaugurado em 2008 e conta com cerca de 5.000 pessoas inscritas, aproximadamente 10% da população local, mas um número considerável de pessoas também freqüenta o complexo sem inscrição.

As artistas Lea van Steen e Raquel Kogan trouxeram como proposta aos participantes estimular o olhar na criação de imagens. Para isso, não é preciso usar equipamentos muito sofisticados, mas sim qualquer tipo de equipamento que registre a imagem em movimento, como celular e câmeras simples. Basta um olhar atento e curioso.
Para sugerir possibilidades de criação aos participantes, as artistas começaram apresentando brevemente o trabalho que elas fazem juntas usando objetos comuns do dia a dia. Um dos vídeos usava como objeto central a imagem refletida em um espelho, com uma imagem em movimento ao fundo.

Com uma bolsa com objetos como bandeja de alumínio, caixa de espelhos, cortina de plástico, vidro de aquário e um porta retrato, as artistas explicaram que pode ser interessante obter imagens de acasos que surgem quando um olhar atento procura significados em coisas comuns, como o espelho que reflete o seu entorno, mas também reflete luz e pode ser usado para mudar a iluminação de um ambiente.

Aos poucos, os participantes foram explorando os objetos trazidos pelas artistas, mas também o entorno do Labmovel: as pessoas que passavam pela rua, seus conhecidos, o espelho de uma moto estacionada, e o ponto final (quase) obrigatório foi a piscina.
Ao final da tarde, o grupo se juntou perto de um painel para assistir as imagens que tinham captado. Foi um momento surpreendente ver os resultados dessas crianças que sem aulas técnicas e de composição, escolheram de forma sensível as imagens que queriam guardar.
Imagens por Lucas Gervilla e Gisela Domschke